Saiu no NewYork Times de 25/11 matéria como o Pastor Silas Malafia de título "TV Evangelist Rises in Brazil's Culture War" (algo como "Líder evangélico cresce em guerra cultural no Brasil")
Na entrevista, questionado sobre a matéria de Eliane Brum na Revista Época, "A dura vida dos ateus em um Brasil cada vez mais evangélico", o Pastor a chamou de "tramp", expressão que é comumente traduzida como "vagabunda".
Me espanta a falta de educação, de noção e de capacidade de diálogo apresentada pelo Pastor.
Posicionamento diferentes encontramos aos montes. Defender o seu é muito fácil. Somos criados e educá-los para fazê-lo com unhas e dentes.
Precisamos agora aprender a ouvir o do lado. O diferente. Discordar é necessário e já dizia Nelson Rodrigues que toda unanimidade é burra.
Mas se não damos voz ao outro ou se, ao sermos criticados, não refutamos seus argumentos à altura e descemos à baixeza de ofender a voz dissonante, retornamos às cavernas para tentar ganhar no grito.
O "vagabunda" utilizado pelo Pastor equivale ao tacape, ao grito, ao tapa. A intenção é rebaixar a jornalista, como se seu ponto de vista não valesse a pena sequer ser lido ou considerado. Silas Malafaia nos diz que ela é uma vagabunda e por sê-lo, não merece sua atenção. Seus argumentos jamais poderão ser válidos ou considerados, pois já vêm podres, duma voz que sequer merece ser ouvida.
Rebaixar o interlocutor ao invés de refutar o argumento não é técnica de oratória, Pastor, e não convence ninguém. Demonstra pobreza de espírito e falta de caráter. É sinal de incapacidade de lidar com o diferente. É um grito de desespero, uma última tentativa de quem não quer entrar na briga pois sabe que vai perder.
E perder não é vergonha, Pastor. Estar errado também não. Mas perder a razão e ofender gratuitamente alguém, se não é pecado é no mínimo uma tremenda falta de educação!
Que Deus lhe perdoe porque eu não o farei.
Não vá, pois muito vai se arrepender
terça-feira, 29 de novembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Bolsonaro não sabe lidar com a língua portuguesa
Em crítica às políticas em defesa dos homossexuais trazidas pelo governo, o deputado Bolsonaro disse o seguinte: “Dilma Rousseff, pare de mentir! Se gosta de homossexual, assuma! Se o seu negócio é amor com homossexual, assuma, mas não deixe que essa covardia entre nas escolas do primeiro grau!”.
Já que ele acha que está no direito de falar o que quiser, eu formulo minha própria frase, então: "Bolsonaro, se seu negócio é homofobia, pare de mentir! Se tem medo de homossexual, assuma! Se o seu negócio é ser enrustido, assuma, mas não deixe sua babaquice inundar a mídia e meus olhos!".
Bolsonaro, vc me envergonha. Seja por ser um homofóbico que sequer confessa que é homofóbico, seja porque se sai com essa de ser mal interpretado.
Essa é a desculpa da modernidade. "Era só uma piada" ou ainda "Fui mal interpretado".
É, deputado. Nós é que não entendemos o que o sr. diz. O senhor é um coitado mal interpretado. Não é que o sr. seja homofóbico ou ainda, racista (quem lembra do caso Preta Gil?), nós é que somos imbecis.
Já que ele acha que está no direito de falar o que quiser, eu formulo minha própria frase, então: "Bolsonaro, se seu negócio é homofobia, pare de mentir! Se tem medo de homossexual, assuma! Se o seu negócio é ser enrustido, assuma, mas não deixe sua babaquice inundar a mídia e meus olhos!".
Bolsonaro, vc me envergonha. Seja por ser um homofóbico que sequer confessa que é homofóbico, seja porque se sai com essa de ser mal interpretado.
Essa é a desculpa da modernidade. "Era só uma piada" ou ainda "Fui mal interpretado".
É, deputado. Nós é que não entendemos o que o sr. diz. O senhor é um coitado mal interpretado. Não é que o sr. seja homofóbico ou ainda, racista (quem lembra do caso Preta Gil?), nós é que somos imbecis.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Yahoo acha que tenho olhos de penico
Abro a página do Yahoo para acessar meus emails.
Diariamente as notícias do topo de página envolvem alguma baixaria, algo nonsense feito por alguma celebridade e ainda a seção "Tudo sobre famosos", para a qual o site utiliza a chamada "OMG", sigla em inglês para Oh My God.
Yahoo, OMG digo eu! Fico abismada com a quantidade de notícia fútil, sobre picuinha e coisa desimportante, que ocupa esse espaço!
Quer ler sobre o OcuppyWallStreet? Sobre o derramamento de petróleo na baía do Rio pela Chevron? Sobre a cotação do dólar? As obras do PAC? Qualquer outra coisa de maior relevância social do que o bíquini fio dental de uma panicat? Então desça até o final da página e faça figas para encontrar algo interessante!
Tenho a sensação de que o Yahoo está dizendo que pensamos com a bunda. Será?
Me proponho ao seguinte: não vou mais clicar em links de notícias mundanas sobre subcelebridades ou qualquer coisa que me faça crer que o site está me tomando por estúpida.
Não pretendo ser o bastião da intelectualidade nem ditar o que as pessoas devem ler. Mas eu não compactuarei com essa mídia boçalista que acha que o leitor é igualmente boçal.
Diariamente as notícias do topo de página envolvem alguma baixaria, algo nonsense feito por alguma celebridade e ainda a seção "Tudo sobre famosos", para a qual o site utiliza a chamada "OMG", sigla em inglês para Oh My God.
Yahoo, OMG digo eu! Fico abismada com a quantidade de notícia fútil, sobre picuinha e coisa desimportante, que ocupa esse espaço!
Quer ler sobre o OcuppyWallStreet? Sobre o derramamento de petróleo na baía do Rio pela Chevron? Sobre a cotação do dólar? As obras do PAC? Qualquer outra coisa de maior relevância social do que o bíquini fio dental de uma panicat? Então desça até o final da página e faça figas para encontrar algo interessante!
Tenho a sensação de que o Yahoo está dizendo que pensamos com a bunda. Será?
Me proponho ao seguinte: não vou mais clicar em links de notícias mundanas sobre subcelebridades ou qualquer coisa que me faça crer que o site está me tomando por estúpida.
Não pretendo ser o bastião da intelectualidade nem ditar o que as pessoas devem ler. Mas eu não compactuarei com essa mídia boçalista que acha que o leitor é igualmente boçal.
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