terça-feira, 29 de novembro de 2011

Silas Malafaia perde a razão e chama jornalista de vagabunda

Saiu no NewYork Times de 25/11 matéria como o Pastor Silas Malafia de título "TV Evangelist Rises in Brazil's Culture War" (algo como "Líder evangélico cresce em guerra cultural no Brasil")

Na entrevista, questionado sobre a matéria de Eliane Brum na Revista Época, "A dura vida dos ateus em um Brasil cada vez mais evangélico", o Pastor a chamou de "tramp", expressão que é comumente traduzida  como "vagabunda".

Me espanta a falta de educação, de noção e de capacidade de diálogo apresentada pelo Pastor.

Posicionamento diferentes encontramos aos montes. Defender o seu é muito fácil. Somos criados e educá-los para fazê-lo com unhas e dentes.

Precisamos agora aprender a ouvir o do lado. O diferente. Discordar é necessário e já dizia Nelson Rodrigues que toda unanimidade é burra.

Mas se não damos voz ao outro ou se, ao sermos criticados, não refutamos seus argumentos à altura e descemos à baixeza de ofender a voz dissonante, retornamos às cavernas para tentar ganhar no grito.

O "vagabunda" utilizado pelo Pastor equivale ao tacape, ao grito, ao tapa. A intenção é rebaixar a jornalista, como se seu ponto de vista não valesse a pena sequer ser lido ou considerado. Silas Malafaia nos diz que ela é uma vagabunda e por sê-lo, não merece sua atenção. Seus argumentos jamais poderão ser válidos ou considerados, pois já vêm podres, duma voz que sequer merece ser ouvida.

Rebaixar o interlocutor ao invés de refutar o argumento não é técnica de oratória, Pastor, e não convence ninguém. Demonstra pobreza de espírito e falta de caráter. É sinal de incapacidade de lidar com o diferente. É um grito de desespero, uma última tentativa de quem não quer entrar na briga pois sabe que vai perder.

E perder não é vergonha, Pastor. Estar errado também não. Mas perder a razão e ofender gratuitamente alguém, se não é pecado é no mínimo uma tremenda falta de educação!

Que Deus lhe perdoe porque eu não o farei.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Bolsonaro não sabe lidar com a língua portuguesa

Em crítica às políticas em defesa dos homossexuais trazidas pelo governo, o deputado Bolsonaro disse o seguinte: “Dilma Rousseff, pare de mentir! Se gosta de homossexual, assuma! Se o seu negócio é amor com homossexual, assuma, mas não deixe que essa covardia entre nas escolas do primeiro grau!”.

Já que ele acha que está no direito de falar o que quiser, eu formulo minha própria frase, então: "Bolsonaro, se seu negócio é homofobia, pare de mentir! Se tem medo de homossexual, assuma! Se o seu negócio é ser enrustido, assuma, mas não deixe sua babaquice inundar a mídia e meus olhos!".

Bolsonaro, vc me envergonha. Seja por ser um homofóbico que sequer confessa que é homofóbico, seja porque se sai com essa de ser mal interpretado.

Essa é a desculpa da modernidade. "Era só uma piada" ou ainda "Fui mal interpretado".

É, deputado. Nós é que não entendemos o que o sr. diz. O senhor é um coitado mal interpretado. Não é que o sr. seja homofóbico ou ainda, racista (quem lembra do caso Preta Gil?), nós é que somos imbecis.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Yahoo acha que tenho olhos de penico

Abro a página do Yahoo para acessar meus emails.
Diariamente as notícias do topo de página envolvem alguma baixaria, algo nonsense feito por alguma celebridade e ainda a seção "Tudo sobre famosos", para a qual o site utiliza a chamada "OMG", sigla em inglês para Oh My God.

Yahoo, OMG digo eu! Fico abismada com a quantidade de notícia fútil, sobre picuinha e coisa desimportante, que ocupa esse espaço!

Quer ler sobre o OcuppyWallStreet? Sobre o derramamento de petróleo na baía do Rio pela Chevron? Sobre a cotação do dólar? As obras do PAC? Qualquer outra coisa de maior relevância social do que o bíquini fio dental de uma panicat? Então desça até o final da página e faça figas para encontrar algo interessante!
Tenho a sensação de que o Yahoo está dizendo que pensamos com a bunda. Será?

Me proponho ao seguinte: não vou mais clicar em links de notícias mundanas sobre subcelebridades ou qualquer coisa que me faça crer que o site está me tomando por estúpida.

Não pretendo ser o bastião da intelectualidade nem ditar o que as pessoas devem ler. Mas eu não compactuarei com essa mídia boçalista que acha que o leitor é igualmente boçal.